Farinhas especiais

São farinhas de alta qualidade produzidas sem aditivos químicos e sem melhorador. São farinhas específicas para as receitas à base de levain e fermentação lenta, favorecendo sabores e aromas.

1. Farinha de trigo

O trigo é há milênios a base da alimentação de muitas das civilizações do Ocidente: para se ter ideia, nossa paixão por ele remonta, pelo menos, à Antiguidade grego-romana. Não por acaso, quando se fala em panificação ou confeitaria, ele está na maioria das receitas clássicas!

A grande vantagem da farinha de trigo é seu altíssimo teor de glúten, substância composta por uma mistura de proteínas que dão à massa feita com essa farinha muito mais elasticidade, deixando o pão macio e os bolos fofinhos.

Como é a mais usada do mundo na fabricação dos produtos mais básicos, a farinha de trigo conta com uma escala bem ampla de subtipos diferentes, dependendo da forma e intensidade do processamento recebido pelos grãos.

2. Farinha de sêmola
Podendo ser feita a partir de diferentes grãos — como o trigo, o milho ou o arroz, por exemplo — a sêmola e uma farinha bem grossa, resultado de uma moagem incompleta.

3. Farinha de trigo sarraceno
Originário da China, o trigo sarraceno (também conhecido como trigo mourisco) chegou ao Ocidente trazido por comerciantes árabes. Além de não conter glúten, o sarraceno é uma excelente fonte de fibras, manganês, magnésio, flavanoides e vitamina P (rutina). O sabor da massa feita com farinha de trigo sarraceno lembra um pouco amêndoas ou sementes tostadas.4. Farinha de centeio
Parente do trigo e da cevada, o centeio é um grão muito presente na culinária do norte da Europa, usada sobretudo na fabricação de pães de estilo mais rústico,a farinha de centeio é mais rica em fibras, nutrientes e contém menos glúten do que a de trigo.  

5. Farinha de espelta
É considerada o avô do trigo, uma espécie de grão que pode substituir o trigo. Ela também é chamada de trigo-vermelho e já foi muito consumida em algumas regiões da Europa antigamente. Então, no começo do século XX, era muito comum em países como Alemanha, Suíça e Áustria. O grão mantinha-se muito resistente no campo e adaptava-se a solos e climas desfavoráveis, porém apresentava um baixo rendimento. Foi aí que todas as atenções se concentraram no trigo!

A farinha de espelta é cada vez mais aceita entre os brasileiros, que estão reconhecendo que ela possui maior valor nutricional que o trigo.

Veja abaixo alguns benefícios da farinha de espelta.

Facilita a digestão dos alimentos
Para se ter uma ideia, a fibra alimentar presente na farinha de espelta ajuda a reduzir o excesso de gases, constipação, cólicas, inchaço, diarreia e até mesmo problemas intestinais mais sérios, com úlceras gastrointestinais. Ao ajudar a saúde digestiva, a farinha de espelta se é ideal para proporcionar uma digestão saudável e acelerar o metabolismo humano.

Proteção às funções cardiovasculares
Como já dito, as altas taxas de fibras presentes na composição da farinha do grão de espelta desempenham um papel fundamental no organismo, tendo em vista que a ingestão de fibras acelera o metabolismo.

Isso ajuda a diminuir os níveis de colesterol LDL (ruim) e aumentar o colesterol HDL (bom) presente no sangue. Esse cenário acontece porque a fibra tem a capacidade de interagir com os processos metabólicos a ponto de inibir a alta absorção de colesterol pelo organismo.

Promove a saúde da pele, dos ossos e vasos sanguíneos
O papel do fósforo nesse cenário é fundamental, pois ele contribui para a criação de novas proteínas (além das já encontradas no grão de espelta), o que estimula o nosso sistema imunológico a criar novas células, ao mesmo tempo em que quebra os aminoácidos presentes na proteína original do grão de espelta, reformando-as em benefício do nosso corpo.

Reduz os níveis de açúcares do sangue
Como isso é possível? As fibras alimentares resistem ao processo de digestão, passando quase intactas pelo processo digestivo até chegar ao intestino grosso, inalteradas. Dessa forma, as fibras atuam no metabolismo formando uma espécie de gel (pectina e goma), o que torna o processo de absorção da glicose pela corrente sanguínea mais lento.

Regula os hormônios sexuais
Como já comentado, os grãos de espelta apresentam vitaminas do complexo B. Dentre elas, a niacina (B3), encontrada em grande quantidade na composição do grão, ajuda na produção de hormônios sexuais em pessoas que sofrem com problemas como impotência sexual e disfunção erétil. Isso acontece porque a niacina tem a capacidade de interagir com as glândulas suprarrenais do nosso corpo, o que impacta diretamente na criação de hormônios sexuais.

Auxilia na regulação sanguínea
Nos grãos da espelta, é possível encontrar altos níveis de ferro e cobre, dois nutrientes essenciais para incentivar a criação de glóbulos vermelhos através da produção de eritrócitos. Quando os eritrócitos estão elevados, o corpo aumenta o fluxo sanguíneo, oxigenando os órgãos e os tecidos.

Junto com a melhora da regulação do sangue é possível perceber o aumento da energia corporal, melhora da capacidade de cicatrização e a regulação sanguínea pode influenciar até mesmo no crescimento do cabelo. Além do mais, o alto teor de ferro da farinha de espelta pode ajudar a combater a anemia.

1 comentário Adicione o seu

  1. ytegner@gmail.com disse:

    Produtos maravilhosos. Parabéns, sucessos!!!! Vida longa a fermentação natural lenta!!!!

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